36. E SE ELES FOREM IRMÃOS?
Jacob caminhava apressado, os passos largos e determinados ecoando na calçada. Ele já estava a apenas dois quarteirões da casa onde Larissa estava, mas, em vez de encontrar alívio com a proximidade, a ansiedade dentro dele só aumentava. A cada passo, sentia como se o peito fosse explodir, tomado pela urgência de vê-la. A dor de não ter estado ao lado dela no momento mais difícil de sua vida o consumia como brasas vivas, queimando sem trégua.
Ele observava as fachadas das casas com os olhos ávidos, e cada uma parecia mais uma barreira cruel entre ele e a mulher que ele amava desesperadamente.
Atrás dele, Willian fazia um esforço para acompanhar o ritmo do filho, ofegante, mas determinado a não deixá-lo sozinho.
— Jacob, por favor, calma! — exclamou, tentando abrandar a agonia evidente no rosto do filho. — Você precisa me dizer o que está acontecendo, filho! O que está te deixando assim?
Jacob parou por um instante, o corpo tenso, o olhar em brasa. Virou-se lentamente para encarar o pai.