Jacob virou bruscamente o volante, parando o carro em frente ao imenso portão da escola. As grades estavam fechadas, e a escuridão da rua contrastava com algumas luzes que ainda brilhavam timidamente no interior do prédio. Era tarde, os alunos já tinham ido embora há horas. As luzes provavelmente vinham da equipe de limpeza, finalizando mais um dia de rotina silenciosa. Mas para Jacob, aquele lugar agora parecia um deserto — frio, distante, e completamente vazio da única pessoa que ele procurava.

Ele apertou o volante com força, os nós dos dedos ficando brancos. O nó em sua garganta parecia subir até sufocá-lo, e seu coração batia com uma urgência que ele não conseguia controlar. Os olhos percorriam cada canto visível da escola, na esperança absurda de ver Larissa ali, talvez sentada num banco, talvez ao lado do irmão. Mas não havia sinal dela, nem de Gustavo. Apenas o eco da sua ausência martelando em seus ouvidos.

Desesperado, Jacob puxou o celular do bolso. As mãos tremiam. Digitou