33. AS PALAVRAS DE LARISSA
Enquanto o burburinho da Imperium Beauty corria pelos corredores com a habitual agitação dos dias que antecediam o grande desfile, Jacob retornou à sua sala carregando o peso de uma mente em ebulição. Seus olhos estavam cansados, não apenas pelas horas intermináveis de trabalho, mas pelas dúvidas que lhe corroíam por dentro como ferrugem silenciosa.
Antes de entrar, virou-se para a assistente com um tom firme, porém distraído:
— Procure meu celular. Eu o perdi desde cedo, mas não consigo lembrar onde deixei. Deve estar em algum canto da sala de reuniões ou no estúdio de criação. Encontre-o e me traga o mais rápido possível.
Sem esperar resposta, entrou, afundou-se na cadeira de couro e, por um breve momento, permitiu-se fechar os olhos. A imagem de Larissa invadiu sua mente como um raio quente em meio a uma tempestade. Seus olhos, seu sorriso, o som da risada que ele conhecia tão bem... e a pergunta que o atormentava: e se ela for minha irmã?
Com um movimento rápido, pegou o telefone