32. A DOR DA PERDA
Larissa caminhava como se cada passo pesasse toneladas. O chão parecia distante, o mundo em volta, silencioso e sem cor. Ainda de luto, os olhos inchados e a alma em pedaços, ela atravessou o corredor do hospital rumo à pequena capela.
O ambiente era simples. Um altar modesto, bancos de madeira, vitrais filtrando uma luz suave. Mas para Larissa, aquele lugar era tudo o que restava. A última esperança de não desmoronar.
Ao se aproximar da imagem da santa, caiu de joelhos como quem já não aguentava mais sustentar o próprio corpo. Curvou-se, deixando a testa encostar no chão frio de pedra. Chorou ali, sem pudor, sem tentar conter os soluços. As lágrimas molhavam o chão enquanto sua alma gritava por socorro.
— Deus... por favor... — sussurrou com a voz embargada. — Eu não tenho mais forças. Eu fui forte por tanto tempo... Mas agora... agora eu não consigo...
O silêncio da capela a envolveu como um abraço vazio. Um eco de solidão.
Naquele momento, como um reflexo da dor, ela pensou em Jaco