26. ELA É SUA AMANTE?
Jacob entrou em seu apartamento como um furacão contido, a expressão dura como pedra, os maxilares cerrados de tanta tensão. As imagens que carregava nas mãos, contidas em um envelope grosso, pareciam pesar toneladas. A cada passo, o mundo que conhecia desmoronava um pouco mais.
Sem acender as luzes, atravessou a sala escura até o quarto. Atirou o envelope sobre a cama com um movimento impaciente e arrancou a gravata do pescoço com violência. A raiva fervia em suas veias — uma raiva silenciosa, que lhe queimava por dentro e ameaçava explodir a qualquer momento. Mas ele sabia: não podia se deixar levar. Não agora. Não sem ter todas as peças daquele quebra-cabeça grotesco.
Foi direto ao banheiro. O vapor não era o que buscava. Ligou o chuveiro na água fria e ficou ali, por longos minutos, permitindo que o gelo cortante o trouxesse de volta ao controle. Seu peito subia e descia, tentando equilibrar o peso que agora esmagava seus ombros.
Quando saiu, ainda sentindo o frio na pele, ouviu o