14. A DESCONFIANÇA DE JACOB
Enquanto Jacob conduzia o carro pelas ruas silenciosas da cidade, a imagem de Larissa ainda dançava em sua mente — o balanço gracioso do vestido, o sorriso tímido, o calor do toque... Ele sentia o volante sob as mãos e os pensamentos acelerados, como se cada curva o aproximasse não só de casa, mas de algo novo e eletrizante.
Foi então que seu celular vibrou contra o painel. O brilho da tela mostrou o nome de sua mãe: Barbara Lauder. Seu coração deu um leve pulo: já passava da meia‑noite, e ela jamais ligava tão tarde. Um pressentimento frio o atingiu.
No terceiro toque, ele atendeu, a voz guardando um traço de preocupação.
— Oi, mãe! — disse, tentando soar casual. — Aconteceu alguma coisa?
Do outro lado da linha, Barbara soava incomum: firme, quase impaciente.
— Oi, querido. — Ela fez uma pausa antes de continuar, como quem ensaia cada palavra. — Precisamos conversar. Você poderia almoçar comigo amanhã? Há assuntos importantes…
Jacob apertou os dedos contra o volante, preocupado