Despedidas Amargas 2
Ária
Dirijo até um posto de gasolina e paro, a cabeça apoiada no volante. Respiro fundo, tentando acalmar o caos dentro de mim. O sítio. É para lá que vou. É o único lugar que faz sentido agora.
Voltar para lá não será fácil. Vou enfrentar fantasmas do passado e dores que estão adormecidas, mas preciso fazer isso por mim e pelo meu filho. Ele merece começar a vida cercado de amor e paz, e, se Alexandro não pode oferecer isso agora, eu oferecerei o que for possível.
Com o coração pesado, mas determinada, pego o celular e procuro a imobiliária que cuida do sítio desde a morte dos meus pais. Minha voz sai hesitante, mas firme o suficiente para expressar minha decisão:
— Quero reabrir o sítio. Preciso dele novamente.
Enquanto desligo, uma onda de alívio me atinge. Não é um alívio completo, pois a dor da separação e das palavras de Alexandro ainda está ali, latejando, mas é um começo. É o primeiro passo para um novo capítulo, por mais difícil que ele seja.
O bebê dentr