Ecos de Luz

Alexandro

A manhã nasce com cheiro de terra molhada e flor de laranjeira. Caminho pelo resort com passos lentos, a brisa me acariciando o rosto.

Vejo ao longe Aria sentada em um banco de madeira próximo ao lago artificial. Julian corre à frente dela, rindo enquanto persegue uma borboleta azul.

Ela sorri, os olhos semicerrados de leve, as mãos no colo. Há algo na postura dela altiva, mas serena que me desarma toda vez.

Aproximo-me devagar, sem que percebam minha chegada. Julian nota primeiro.

— Papai! Ele grita, correndo até mim. Salto para pegá-lo no colo.

— Caçador de borboletas, hein? Digo, apertando-o contra o peito.

— Ela quase pousou no meu nariz! Ele ri, apontando.

— Só quase? Acho que temos que treinar mais.

Ele balança a cabeça com seriedade infantil e depois olha para Aria, que se levantou.

Ela ajeita a camisa leve de linho e prende um fio de cabelo atrás da orelha.

— Bom dia, Alexandro! Diz com voz baixa, mas cordial.

— Bom dia, Aria. Parece que os dois estã