Pessoas riam, conversavam e dançavam, enquanto eu tentava me misturar, tomando pequenos goles da minha bebida para acalmar os nervos.
Beck, obviamente, era o centro das atenções. Ela circulava pelo salão com a graça de uma rainha, e eu a seguia, meio atordoada, enquanto ela me apresentava a uma série de pessoas importantes.
— Essa é a Letícia, minha gafanhota genial! — dizia ela, com aquele entusiasmo que fazia todo mundo sorrir. Cada aperto de mão vinha com um cartão de visitas, cada conversa com uma promessa de “vamos marcar algo”. Eu tentava acompanhar, sorrindo e anotando mentalmente os nomes: diretores de marcas, influenciadores, até um editor de uma revista de moda. Minha taça esvaziava aos poucos, e eu a reabastecia discretamente com os garçons que passavam, o álcool ajudando a suavizar a tensão que ainda carregava da briga com Rayane.
Em um momento, Beck me puxou para o lado, apresentando-me a um homem de meia-idade, com cabelo grisalho bem cortado e um terno impecável.
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