A semana passou lenta e torturante. Todas as manhãs, eu calçava os tênis novos e corria, forçando meu corpo a acompanhar o ritmo da playlist que Andressa tinha montado. Cada passada no asfalto era uma tentativa de clarear a mente e deixar tudo o que me atormentava para trás.

Mesmo que eu negasse para mim mesma, lá no fundo, uma parte de mim queria cruzar com Mark de novo. Queria ver aquele sorriso torto, ouvir aquele sotaque que, por mais que me irritasse, ainda mexia comigo. Mas ele não apareceu. Nem na trilha, nem perto do lago. E, de alguma forma, isso só aumentava minha frustração.

No escritório, passei horas pesquisando modelos. Naveguei por portfólios de agências, analisei perfis no Instagram, mandei e-mails para contatos que poderiam indicar alguém com o “algo a mais” que Beck exigia. Mas nada. Os rostos eram bonitos, carismáticos, profissionais, mas nenhum parecia ter o brilho que Beck queria, aquele fator que faria o público “surtar”.

Era sexta-feira, e o prazo de Jefferso