Três dias se arrastaram como uma eternidade para Hayley. O eco da intimidade com Sara pairava em sua mente, misturado à culpa e a uma crescente sensação de estranheza. O silêncio entre elas era palpável, uma barreira invisível erguida pela intensidade do que havia acontecido. Nenhuma mensagem, nenhum telefonema, apenas a ausência ensurdecedora da presença uma da outra em suas vidas cotidianas. Hayley se sentia isolada, dividida entre a vergonha e a saudade da amiga que sempre fora seu porto seguro.
Naquela tarde, a campainha tocou, sobressaltando Hayley em meio aos seus pensamentos sombrios. Ao abrir a porta, encontrou Sara parada ali, segurando uma cesta de vime adornada com um laço singelo. O rosto de Sara estava um misto de nervosismo e resolução, os olhos evitando o contato direto com os de Hayley.
— Oi — disse Sara, a voz um pouco hesitante, erguendo levemente a cesta. — Trouxe uns doces… pensei que poderíamos conversar. Precisamos conversar.
Hayley sentiu o coração acelerar. Hav