Victor tentou agir normal, mantendo o olhar fixo na tela da televisão. Rayra se deitou de costas, na frente dele, e ele a abraçou por trás, entrelaçando os dedos nos dela. O silêncio era confortável e pesado ao mesmo tempo. Victor apenas fazia carinho, passando a mão devagar pelo braço dela, como se quisesse prolongar aquele instante simples.
De repente, quebrou o silêncio com uma pergunta inesperada:
— Você não gostou... de trabalhar pra mim?
Rayra franziu a testa, surpresa, mas respondeu calmamente:
— Gostei, sim.
Victor insistiu, com a voz mais baixa, quase investigativa:
— Alguém falou alguma coisa? Alguma coisa que fez você mudar de ideia?
— Não... — ela suspirou.
— Eu só achei que seria melhor buscar outra oportunidade. Porque... nós dois fizemos muita bagunça.
Victor parou com as carícias. E a expressão ficou séria.
— É. Eu fiz. — admitiu, soltando-a do abraço e virando-se de barriga para cima.
Rayra se mexeu, virando de costas para a televisão, e colocou a cabeça no peito del