O dia da alta chegou, e Victor estava impaciente desde as primeiras horas da manhã. O carro já o aguardava estacionado na frente do hospital, abarrotado de sacolas de compras, alimentos saudáveis, guloseimas, produtos de higiene, alguns itens de conforto que ele achou que poderiam agradá-la. Havia planejado tudo com um zelo incomum, como se cada detalhe fosse parte de uma missão maior, garantir que nada lhe faltasse.
Quando finalmente a viu sair pelo corredor, apoiada em uma enfermeira, seu coração bateu mais rápido. Aproximou-se depressa, tomou o lugar da funcionária e a ajudou com toda delicadeza. Colocou o braço ao redor da cintura dela, conduzindo cada passo com paciência, até chegar ao carro. Abriu a porta, acomodou-a com cuidado no banco e, antes de fechar, ajeitou o cinto de segurança como se fosse algo precioso demais para se machucar novamente.
Durante o trajeto, ela permanecia em silêncio, observando a cidade pela janela. O movimento das ruas parecia distante, como se não per