Lia estava parada na soleira do quarto, vestindo a camisola rosa de seda. A pergunta sobre onde deveria ficar traía seu desconforto, mostrando um pouco de entrega.
Lysandro a olhou fixamente, sem um pingo de ternura, apenas com a determinação de um cientista prestes a realizar um experimento.
— Feche a porta e suba na cama, ao meu lado.
Ela se aproximou nervosa, fechou a porta devagar e subiu pelos pés da cama. Sentou-se ao lado dele. Lysandro esticou a mão e apagou as luzes do quarto com um controle remoto, deixando o cômodo mais reservado.
Lia se deitou, apreensiva.
— Como vai me ver no escuro?
Ele se virou para ela, tocando-a no braço sutilmente, um contato que a fez ofegar.
— Posso te ensinar a se tocar? — Ele perguntou, com a voz calma e baixa.
— Só uma única vez, para você saber como deve fazer.
Ela o olhou, com a taquicardia visível em seu peito sob a seda.
— Sim. Eu...
Ele se aproximou, beijando-a na clavícula e no pescoço. A proximidade era esmagadora.
— Você o quê? Fale! —