Ele não a estava soltando. Aquele toque, proibido pelo acordo, criou uma eletricidade inesperada entre eles.
O aperto de Lysandro no braço de Lia não era de força, mas de posse. Era um convite forçado, um desvio total do acordo de "não-contato".
— Não vai. Fica. — Ele repetiu, com a voz grave.
Sem dar tempo para ela reagir, ele a puxou com uma agilidade surpreendente para quem estava preso a uma cadeira. A ajeitou no próprio colo, virada de lado, com o corpo dela pressionado contra o peito dele.
Lia ficou paralisada, com os olhos arregalados de choque, a respiração ofegante. O cheiro dele, de perfume caro misturado ao cheiro quente da pele, a atingiu em cheio, tudo era novo, para ela.
— Beijar é fácil. — Ele disse, com a voz baixa, bem perto do ouvido dela.
— É só sentir os lábios. — Falou mexendo no cabelo dela, sutilmente.
Ela permaneceu quieta, tensa, totalmente apreensiva. Com o corpo rígido sobre o dele.
Lysandro, ignorando a rigidez dela, começou a guiar a lição. Sua mão