Lia tentou acompanhar a música, movendo os braços com timidez, sentindo o rosto queimar. No entanto, o nervosismo a consumiu. De repente, uma crise de riso nervoso a tomou. Ela se cobriu com as mãos, sentindo-se ridícula, e sentou-se na beirada da cama, com o corpo sacudido pelo riso.
— Você sente prazer em me humilhar, não é? — Ela falou, sem jeito, mas com uma ponta de indignação real.
— Olhe, isso não vai dar certo. Eu não sou uma dançarina. Nunca dancei em público na vida.
— Eu poderia, tentar outra coisa.
Lysandro estava de fato rindo, um riso curto e cínico que confirmava as suspeitas, ele se divertia com o desconforto alheio. No entanto, ao ouvir a confissão de fracasso, a diversão dele diminuiu, substituída por um olhar intrigado.
— E então, você acha que pode fazer o quê? — Ele a desafiou, com a voz voltando à secura de um experimento.
— Para me dar prazer?
Lia ficou séria, encarando-o, mexeu no cabelo que estava solto, com uma figura de contradição.
— Não sei, beijar? — El