Victor estava menos ferido, mas o susto e a adrenalina o faziam tremer. Ele se mexeu, sentindo o ar faltar.
— Ray? Fala comigo!
O vidro estilhaçado do carro cobria o chão, misturado ao sangue. Ele se arrastou com dificuldade, ignorando a dor, começou olhar Rayra.
O primeiro instinto de Victor foi a ação.
Quando chegou perto dela, a visão aterrorizante o fez desabar. Havia muito sangue na roupa dela, e ele não sabia de onde vinha, se era dela ou dele.
— Ray, por favor! Fica comigo! Não dorme! Você vai ficar bem, eu prometo que vou cuidar de você! — Ele gritou, desesperado.
As lágrimas vieram com uma força que ele não esperava, sensação de medo, impotência. O pior não era o medo da morte, era a culpa que o sufocava. Ele começou a pressionar o ferimento dela, contendo o sangramento.
— Me perdoa, Ray. Eu nunca deveria ter feito aquilo com você. Por favor, fica viva! Eu te amo, e eu nunca vou me perdoar por tudo isso!
Rayra estava quase adormecendo. Seu corpo estava mole, mas ela consegu