Mundo de ficçãoIniciar sessão— Me diz agora: onde você passou a noite? — Ju me coloca contra a parede. Eu desvio o olhar, nervosa. Infelizmente Ju percebeu meu sumiço na noite anterior, agora está me interrogando. Não sei se minto ou se falo a verdade.
— Então... vim embora mais cedo. — Não minta, Esmeralda! Você estava em qualquer lugar, menos em casa! — mordo meu lábio inferior. — Você dormiu com o playboy gostosão! Tenho certeza! Eu suspiro. Não adianta mentir mais. — Tá, eu confesso. Transei com o Miguel na casa dele. Mas fugi antes que ele notasse que sumi. Ele estava bêbado, com certeza não vai nem lembrar da minha cara. — Eita. Safada! — dá risada. — Foi bom, ao menos? — Foi uma delícia. — respondo tímida. Ju ri ainda mais. Eu fico vermelha. — Juliana! — Desculpa, mas você sendo safada é engraçado demais. Só que eu acho que você deveria ter ficado na cama até ele acordar. Tomado um café chique de... espera, onde vocês transaram? — No Copacabana Palace. — murmuro, quase inaudível. — Fala com a boca, Esmeralda! — No Copacabana Palace! — grito, irritada. Seus olhos se arregalam. — Uau! Isso que é luxo! — tento não fazer contato visual com ela, estou com muita vergonha. — O Miguel é um gostoso! Não acredito que fugiu dele! — Tive a sensação de que ele ia achar estranho uma garota na cama dele de manhã. Ainda mais uma garota que ainda nem fez dezoito anos. — É, é estranho. Mas... Meu celular apita. Ligo ele e vejo que é um lembrete para a entrevista de emprego de hoje. — Ju, me ajuda a me arrumar! Preciso ficar muito bem apresentável ao meu futuro patrão. — Claro. Vamos ao seu guarda roupa! Antes de tudo, tomo um banho quentinho. Saio do banheiro enrolada na toalha, vendo minha amiga jogando minhas roupas na cama. — Você que vai arrumar essa bagunça, tá? — ela ri. — De boa. Olha, o que acha dessa calça jeans fler? E essa camisa de botões vermelha? Vermelho é uma cor conte, vai dar vida à você. — Se você tá dizendo. Eu visto. — abro a gaveta de lingerie e escolho uma branca de rendinha. Depois visto a roupa que a Ju escolheu. Me caiu bem. Ju me mostra saltos, pretos e de mais ou menos dez centímetros. Eu sou baixinha, então o salto vai me deixar com aparência de mais alta. — Estou pronta! O que acha? — Está linda! Só penteia esse cabelo e passa um creme. Tem que ficar linda. Obedeço ela. Prendo minha franja com uma presilha de borboleta. Pego minha bolsa e estou pronta. Eu amo essa presilha de borboleta. — Me deseje sorte. — vejo que meu uber chegou. — Boa sorte, gata! — me dá um beijo na bochecha. Desço para pegar o uber, quando ele me vê, dá uma risadinha. Fico boiando por alguns segundos, até eeconhece-lo. É o motorista que viu eu e o Miguel se pegando no uber. — Não me julgue. — digo vermelha. — Tô fingindo que não te conheço, moça. — ri alto. Minha vontade é de descer desse uber e ir à pé. — Copacabana Palace, hein? — Apenas dirija, moço. — abaixo a cabeça, queimando de vergonha. Ele dá uma última risada e liga o carro. Chegando na zona sul, vejo o enorme prédio dos Dubois Aviação. É uma empresa enorme que fabrica aeronaves, helicópteros, caças, e qualquer outra coisa que voe. O dono é bilionário e pelo o que sei, ele só tem um filho homem e uma filha menina pequena. — Chegamos. Curtiu a viagem? — Vou dar cinco estrelas. — digo e entrego o dinheiro. Vou para a portaria, onde um segurança de aparência de uns quarenta anos, cuida das catracas. Me aproximo dele e dou um sorriso. — Oi. Eu vim fazer a entrevista de emprego. — ele me olha de cima à baixo. Parece gostar do que viu. — Nome, por favor. — Esmeralda Oliveira. — ele olha algo no notebook. — Andar vinte e cinco. Pode subir. — libera a catraca. Passo e sigo até o elevador. O elevador toca aquela musiquinha chata que toca em qualquer lugar, não ajudando em nada na minha ansiedade. Assim que o elevador abre, estou num andar chique, com uma secretária. — Boa tarde. — digo sorridente. A secretária sorri simpática. — Eu vim para a entrevista com o senhor Dubois. Por que eu tenho a sensação que conheço esse sobrenome de outro lugar? — Ah, claro. Vou anunciar sua entrada, um momento. — sai de trás de sua mesa e b**e à porta de uma das salas, logo se abre e ela fala alguma coisa e volta para perto de mim. — Pode entrar. Entro na sala, vendo o homem mais velho, de cabelos negros, olhos pretos e forte. Me lembra muito o Miguel. — Boa tarde, Senhorita Esmeralda. — estende a mão para mim, qual a pego e aperto. — A Senhorita é muito bonita. — Obrigada, senhor Dubois. — Vi que a Senhorita não tem formações. Mas não estamos requisitando experiência para esse cargo, apenas que seja inteligente e que aprenda rápido. — Com certeza vou saber agradar! — Bom, garota. Então... — Pai, por que meu cartão foi bloqueado? — um homem entra na sala. Arregalo meus olhos. Miguel!






