Liam Rodrigues
O Afonso estava furioso; eu podia ver isso em seu olhar.
— Vamos, Maria Clara, temos que ir — disse Afonso, puxando a filha e saindo correndo.
Vi Priscila, a princípio, ficar sem chão. A reação em seu rosto era um misto de decepção e ódio.
A raiva dela aumentou ainda mais quando as crianças começaram a sorrir.
— Quem foi o cérebro desta brincadeira de mau gosto? — perguntou Priscila com a voz mais alta que o normal, vermelha de tanta raiva, enquanto todos se entreolhavam. — Vamos logo, se não me falarem, vou punir todos da pior maneira possível. — Ela falou de uma forma que fez o sorriso sumir do rosto de todos, e todas as crianças ficaram cabisbaixas.
Continuamos todos em silêncio, afinal, todos nós éramos culpados. Eu nunca tinha visto Priscila daquela forma.
— Eu queria tanto entender o que passa nas cabecinhas de vocês — ela falou, respirando fundo. — Este é o meu trabalho, eu não vou sair por aí me agarrando com qualquer um. Eu não estou procurando um namorad