William Rodrigues
Resolvi levar a Priscila para longe dali. Mandei uma mensagem rápida para minha mãe, avisando que ia demorar um pouco, e simplesmente peguei sua mão. Não tínhamos um destino. Só precisava tirá-la daquele ambiente sufocante.
Caminhamos em silêncio até um restaurante pequeno ali perto, acolhedor, discreto. Pedi uma mesa mais afastada, num canto reservado, e puxei a cadeira para ela. Priscila se sentou devagar, como se o mundo inteiro pesasse sobre seus ombros.
Sem dizer nada, segurei sua mão sobre a mesa e comecei a acariciá-la devagar, tentando transmitir a calma que eu mal conseguia manter.
— Pri... ignora tudo o que ele falou — disse, num tom baixo e firme. — Você é uma mãe incrível. Já é mãe da Nina. E muito em breve, a gente vai ser oficialmente pais da Íris, do Ítalo e da Belinha também. — Apertei seus dedos com ternura. — Eles te amam, Pri. Sabem exatamente quem você é. E eu também sei. Você é uma mãe maravilhosa.
Ela mordeu o lábio inferior e desviou o olhar, t