Capítulo 119
William Rodrigues

— Eu vou para a cozinha pegar um copo de água. — Minhas palavras eram uma tentativa desesperada de escapar do peso opressor daquela sala.

A assistente social permaneceu em silêncio, mas o olhar que lançou antes de sair era como uma sombra, carregado de julgamento e algo que eu não conseguia decifrar. Pegou sua bolsa, ajustou a postura com uma calma ensaiada e foi embora sem olhar para trás, deixando para trás uma sala que parecia mais vazia e ao mesmo tempo mais sufocante.

Meu olhar foi imediatamente para Priscila. Ela estava imóvel, uma estátua de dor e confusão, os olhos fixos em um ponto distante. Seus braços estavam caídos ao lado do corpo, como se tivessem perdido a força de sustentar o peso de tudo aquilo.

E então, meus olhos pousaram nas crianças. Íris, Ítalo e Belinha estavam todos ali, encolhidos no sofá, os rostos cheios de perguntas que eu não sabia responder. Eles sentiam tudo, cada vibração de dor que emanava da mãe deles, mesmo que não compreende
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