73. Entre a culpa e o encanto proibido
O retorno da viagem à região serrana, em vez de trazer alívio, mergulhou Luigi Calegari em um oceano ainda mais profundo de inquietação e culpa. A imagem de Diana Monteiro, com sua inteligência faiscante e aquela vulnerabilidade cuidadosamente encenada, assaltava seus pensamentos com uma frequência alarmante. Ele se lembrava da forma como ela o olhara ao falar de sua "nobreza", da maneira como sua presença parecia preencher o silêncio com uma eletricidade sutil, mas potente. E se odiava por isso. Odiava a si mesmo por permitir que outra mulher, por mais brilhante e interessante que fosse, ocupasse um espaço, por menor que fosse, em sua mente, um espaço que pertencia inteiramente a Jessica, sua esposa, o amor de sua vida.
Em casa, redobrava as demonstrações de afeto por Jessica e pelos filhos. Lorenzo, Laura e Gabriel eram seu porto seguro, o lembrete constante do paraíso que ele jurara proteger. Cobria Jessica de beijos, de palavras de amor, de presentes inesperados, em uma tentativa