Collin*
As mãos de Collin tremiam enquanto encarava a criatura diante dela.
O lupino era enorme. Seus músculos se projetavam sob a pele grossa, e os olhos eram duas fendas escuras e brilhantes. Os dentes, expostos em um rosnado baixo, gotejavam saliva. Ele parecia se divertir com o medo dela.
Ela deu um passo para trás, sentindo as fêmeas presas atrás de si. Não podiam ficar ali.
— Corram. — murmurou, sem tirar os olhos da besta.
Elas hesitaram.
— Corram, caramba! — gritou, a voz carregada de urgência.
Dessa vez, as fêmeas não pensaram duas vezes. Seguraram seus filhos e dispararam para os fundos do templo, os pés mal tocando o chão.
O lupino inalou profundamente, como se absorvesse cada partícula do cheiro dela.
— Você… me é familiar. — a voz gutural rasgou o silêncio, carregada de curiosidade.
Collin continuou recuando.
— Tem um cheiro estranho... — ele sibilou, os olhos se estreitando. — Algo que eu conheço… muito bem.
Ela apertou a adaga escondida atrás das costas. Se ele chegasse