Rahmi
 Acordei, estava em um quarto de hospital. O soro estava saindo de uma bolsa plástica transparente e entrando na minha veia.
 — O que aconteceu? — perguntei, ainda confuso.
 — Você desmaiou, meu irmão — respondeu Nathifa.
 Meus pais estavam ali, me observando, mas o ódio que eu sentia era tão intenso que não consegui encará-los. Nunca me senti assim em relação a eles antes, mas o que fizeram com a minha Rebeca foi imperdoável.
 O médico entrou com um exame de sangue e parecia preocupado, o que me deixou ainda mais ansioso.
 — Pensei que você pudesse estar com anemia. Sua irmã me disse que você vinha se sentindo fraco — disse o médico com seriedade.
 — Ele tem passado mal há algum tempo — confirmou Nathifa. — Sentia dores de cabeça, mas achava que não era nada grave.
 — Mas por que você não veio ao hospital assim que começou a passar mal, Rahmi? Por que não me procurou antes? — perguntou o médico, um tanto irritado.
 — Você deveria ter nos contado, meu filho! — exclamou minha mãe