Evelyn, por dias, permaneceu envolta nas palavras de Geoffrey. Algo naquelas frases havia se entranhado nela como uma semente inquieta. Desde o início, percebera a tensão silenciosa entre seu sogro e o mordomo, uma tensão que ia muito além de protocolos e hierarquias. Os dias que permaneceu morando na mansão, via olhares desviados, silêncios longos demais, e uma espécie de lealdade ferida pairando no ar.
O que a deixava intrigada era o fato de Geoffrey ainda permanecer naquela casa, naquela função — mesmo diante de um ambiente visivelmente constrangedor. Por que suportar isso? Por que não ir embora? A resposta parecia estar enterrada em algo mais profundo. Era evidente: os sentimentos dele por Donovan haviam ultrapassado, há muito, os limites da formalidade.
Evelyn não sabia exatamente o que se escondia por trás daquela devoção silenciosa. Mas começava a suspeitar que havia uma história ali — antiga, intensa. Algo que ninguém ousava contar...
Semanas depois, Reginald apare