Carolina Borges
Assim que entramos na grande mansão do Alex, um silêncio maravilhoso nos recebe. Aproveito que todos ainda dormem para planejar outro cochilo. Seguimos até um conjunto de portas.
— Carol, vou te mostrar seu quarto. Demos sorte de estarem todos dormindo. Sinta-se à vontade para andar por onde quiser, mas lembre-se do que a médica disse: nada de fazer arte. Minha mãe marcou uma consulta com uma obstetra; você estará em boas mãos, não se preocupe — Alex me conduz pela mansão.
— Muito obrigada, Alex. Está fazendo mais do que eu esperava. — Começo a rir, pois nunca imaginei me ver como uma donzela presa no alto de uma torre.
Ele abre a porta do meio e me surpreendo com o tamanho da sala. Há uma poltrona, uma mesinha e um aparador com decorações. No quarto, a cama tem um dossel de tecido que chega até o chão e uma roupa de cama lilás com flores estampadas. As portas francesas dão para um jardim de rosas e um labirinto de arbustos bem cuidados. No centro, um coreto com banqui