Eduardo Lira
Assim que saímos do apartamento, Helena ficou caladinha e muito quieta ao meu lado. Me despedi do Augusto e da Cleide. Helena abraçou o Henrique, que retribuiu e disse algo no ouvido dela. Depois, ele a colocou no colo e a acomodou na cadeirinha. Quando entrei no carro, percebi que minha menininha estava muito triste, mas não podia ceder nem permitir que a Bia alimentasse essas vontades. As duas precisam entender que conseguem, sim, ficar separadas.
Chegamos em casa e ela já havia pegado no sono. Peguei minha bolsa, coloquei no ombro e a carreguei para subirmos. Estranhei sentir que ela estava um pouco quente, mas imaginei que fosse porque estava coberta com meu terno. Entramos no apartamento e a ausência da Bia se fez notar. Eu precisava conversar com ela sobre o que combinamos hoje, mas já estava decidido: faria o possível para mandar a Helena e a Bia para a casa da minha mãe por pelo menos um mês.
Coloquei minha menina na cama. Bia havia dito que ela já tinha tomado ba