Carolina Borges
Depois de pegarmos nossas bebidas, nos afastamos um pouco do bar e nos aproximamos da área vip. Teresa começa a rebolar até o chão, enquanto Carlos fica de olho nas mulheres que tentam chamar sua atenção. Eu, por outro lado, não estou interessada em paquerar.
Nunca tive tempo para namorar; sempre estudei e corri atrás do meu crescimento profissional. Dona Clarice vive dizendo que eu deveria arrumar um namorado ou até mesmo um filho.
“Não precisa casar para me dar um neto”.
Enquanto observo o ambiente, esbarro em alguém por trás. Sinto um líquido gelado escorrer da nuca até as coxas e viro-me furiosa, pronta para xingar o responsável. Mas, ao ver o homem à minha frente, minhas pernas amolecem e a raiva desaparece.
Ele é enorme, com certeza dois metros de altura, corpo musculoso coberto de tatuagens, olhos verdes penetrantes e lábios carnudos que chamam a atenção de longe. Mas o que me paralisa, no entanto, é o fuzil pendurado em suas costas. Minha coragem evapora; só pe