Solene, o nome ecoa na mente de Vittoria enquanto o homem segue batendo na porta, em um chamado que ela sequer consegue ouvir.
— Solene Bellefort. — Vittoria sussurra, ainda tentando se acostumar com a nova identidade que pesa como um lembrete cruel de uma vida destruída e irrecuperável.
— Solene, se eu bater mais uma vez, você será demitida. — O homem insiste, irritado, agora forçando a maçaneta com violência crescente.
— Já irei sair, senhor Laroque. — Vittoria responde, voltando para a realidade como se despertasse de um transe doloroso.
Ela se afasta da pia, passa a mão pelo avental amarrotado sobre o uniforme, força um sorriso frágil e então abre a porta do banheiro.
— Posso saber o que você tanto faz no banheiro, Solene? — Marcel pergunta, encarando-a com a mesma autoridade abusiva que ele sempre usa para intimidar as garçonetes.
— Necessidades fisiológicas, senhor Laroque. — Responde, retirando o bloco e a caneta do bolso e voltando para o salão da lanchonete com a cabeça erg