O coração de Vittoria falha, batendo fora de compasso, como se perdesse o controle a cada segundo.
Os pulmões recusam o ar, e o peito aperta em um sufoco crescente, como se algo invisível a esmagasse por dentro.
Uma onda de pavor a domina por completo, crua e avassaladora, como se o mundo ruísse sob seus pés e ela não tivesse onde se segurar.
Desesperada, ela irrompe pelo corredor, cambaleando como se o chão tivesse perdido a estabilidade, tornando-se traiçoeiro sob seus pés.
O mundo ao redor se desfaz em vultos indistintos, e a visão se estreita, turva, como se o medo colocasse uma venda em seus olhos.
As paredes parecem se comprimir, engolindo o ar. As escadas, tão familiares, agora se alongam como um pesadelo sem fim.
Ela corre, ou tenta correr, empurrada por uma urgência primitiva, irracional, mais forte do que o próprio medo.
Quando enfim alcança o topo da escadaria, as pernas falham.
Ela se agarra ao corrimão, os dedos se fechando com força, quase dolorosamente.
O peito sobe e