Vittoria se apoia na bancada, tentando conter o tremor nas mãos, em uma luta silenciosa contra o pranto que ameaça escapar, enquanto as lágrimas insistem em cair, pesadas, revelando tudo o que ela tenta negar.
Mas as palavras dele continuam a atingi-la, não pelo peso, mas pela clareza com que expõem a verdade que ela preferia não encarar, e naquele momento, ela só consegue se sentir uma mulher terrivelmente imperfeita.
— Burra, idiota, estúpida. — Murmura, a voz trêmula e cheia de repulsa, como se cada palavra fosse uma sentença que ela merecia ouvir. — Sempre estragando tudo, sempre fazendo o que não devia. — Continua, a voz embargada pelo choro contido, afundando-se no próprio desprezo, como se cada palavra fosse uma penitência por todas as escolhas erradas.
Mas entre todas as palavras que ele pronunciou, há uma que permanece ecoando dentro dela, dilacerando cada parte, a palavra egoísta,
Ela sente o impacto dessa verdade com uma clareza cruel, percebendo o quanto falha com o homem