Vittoria solta um suspiro, tomada pela culpa, consciente de que não pode esperar outro tipo de reação depois do que fez.
Ela caminha até o quarto e o encontra vazio, mas nota a luz do banheiro acesa, filtrando-se pela fresta da porta como um convite inquietante.
Aproxima-se devagar e tenta girar a maçaneta, mas, pela primeira vez desde que se casaram, a porta está trancada.
— Droga. — Vittoria sussurra, dividida entre bater na porta ou esperar, mas a razão vence a impulsividade, e ela acaba se acomodando na poltrona, decidindo aguardar em meio à tensão que a consome.
Os minutos parecem se arrastar enquanto Vittoria ensaia, em silêncio, as palavras que talvez pudessem justificar suas ações.
Então, a porta do banheiro se abre, e Vincenzo surge, com o corpo ainda úmido e uma toalha em volta da cintura, caminhando sem sequer lançar um olhar em sua direção.
— Você irá continuar me ignorando até quando? — Pergunta, acompanhando-o com o olhar enquanto ele caminha até o closet, sem lhe dirigi