A viagem parece se estender mais do que o normal, como se o tempo decidisse arrastar cada minuto só para aumentar a saudade.
Vincenzo troca mensagens com Vittoria sempre que possível, como se não suportasse o silêncio entre um texto e outro, feito dois adolescentes apaixonados redescobrindo o amor em cada palavra digitada.
Cada mensagem trocada carrega afeto, presença e a tentativa de manter vivo o sentimento de proximidade, como se os toques na tela fossem toques reais, e as letras digitadas, abraços disfarçados.
No meio da tarde, assim que o Aeroporto de Catania surge diante da pequena janela da aeronave, Vincenzo suspira pesadamente, o olhar carregado por um incômodo silencioso.
Odiava estar de volta à Sicília, especialmente a Savoca, um lugar que jamais sentiu como lar.
E agora, mais do que nunca, esse retorno lhe parece amargo, porque o motivo que sempre o fazia voar para a Itália com o coração em chamas está, desta vez, em Bath, levando com ela tudo o que torna qualquer lugar sup