Antonella pisca repetidas vezes, os olhos turvos pela dor e pelo pânico tentando se ajustar à imagem que tem diante de si, até que finalmente consegue distinguir o contorno de Seraphina, parada ao lado da cama como uma sombra ameaçadora.
O brilho metálico do bisturi logo rouba toda a sua atenção, e o pavor se intensifica quando percebe a lâmina deslizando lentamente sobre a pele sensível de seu pescoço.
O frio do aço percorre sua espinha e a faz prender a respiração de imediato, como se o simples movimento de inspirar pudesse selar o próprio destino.
Seraphina observa cada reação com um deleite perverso, deixando a ponta do bisturi traçar um caminho lento e sinuoso, não o bastante para cortar, mas suficiente para gravar a sensação de que a qualquer instante o fio poderia rasgar a carne sem piedade.
— Não se mexa, puttana. — Seraphina sussurra, sem perder o sorriso dos lábios. — Quero que entenda como cada batida do seu coração depende apenas da minha vontade.
O corpo de Antonella tre