Antonella consegue se sentar com esforço, o corpo tremendo sob a violência da dor que lhe queima o rosto.
Os gritos se desfazem em soluços abafados, enquanto a mão trêmula encontra a ferida, e o sangue quente escorre pelos dedos.
— Maledetta! — Antonella berra, a voz falhando entre soluços entrecortados que rasgam sua garganta. — Puttana schifosa!
— Cuide bem das suas feridas, Barbie. — Seraphina aconselha, o sarcasmo escorrendo em cada palavra enquanto se dirige à porta.
No caminho, larga o bisturi sobre a bandeja metálica, o tilintar metálico marcando sua despedida.
— Voltarei para abrir outras, sempre que tiver vontade. — Seraphina declara, segurando a maçaneta.
Antes de abrir a porta, volta-se para Antonella, o sorriso se ampliando em pura malícia.
— Ah, e a propósito, recupere-se logo, assim poderá assistir de camarote enquanto seduzo o seu marido de segunda opção.
E, como quem não concede o direito de réplica, Seraphina abre a porta. No mesmo instante, o corpo parece congelar