Elisa caminhava leve pela rua, com um sorriso que não precisava de explicações. Era como se o mundo ao redor estivesse em harmonia com o que sentia por dentro. As árvores pareciam mais verdes, o vento mais gentil. E tudo isso porque, pela primeira vez, ela vivia um amor que não a feria, não a fazia se perder — pelo contrário, a fazia se encontrar.
Rafael a esperava na porta do café onde costumavam se encontrar desde que voltaram a se ver com mais frequência. Ele estava com uma flor na mão. Simples, colhida na pressa, mas com um significado doce. Quando a viu se aproximar, seus olhos brilharam.
— Pra você. Não é um buquê... mas achei que merecia começar o dia com um sorriso ainda maior.
Elisa pegou a flor e riu, beijando-lhe o rosto com carinho.
— Com você por perto, o sorriso já vem fácil.
Sentaram-se perto da janela. Conversaram sobre o dia, sobre os planos pequenos da semana, sobre coisas bobas que os faziam rir. Havia entre eles uma leveza rara, um prazer em simplesmente estarem ju