O dia amanheceu lentamente, como se a cidade também estivesse saboreando aquele silêncio cúmplice. Elisa sentiu a brisa fria da manhã bater no rosto enquanto observava a janela. Um misto de ansiedade e serenidade tomava seu coração. A visita a Paula se aproximava, e embora sentisse medo, sabia que não estava sozinha. Rafael não apenas caminhava ao seu lado, mas carregava a presença dele dentro dela, mesmo quando ele estava alguns metros distante. Era uma sensação nova, de total confiança, que ela ainda precisava aprender a aceitar completamente.
Rafael, como sempre, foi paciente. Nada de palavras apressadas ou gestos impulsivos. Ele a deixou escolher o ritmo, o tempo, até mesmo a forma de encarar a situação. Sentados no carro, ele segurou a mão dela, entrelaçando os dedos de forma calma e firme, transmitindo mais do que palavras poderiam dizer: ele estava ali, inteiro, pronto para qualquer decisão que Elisa tomasse.
Vai ficar tudo bem — ele disse, baixinho, como se sussurrasse para o