Havia algo diferente na forma como Rafael tocava Elisa. Não era apenas desejo — embora ele existisse, intenso e pulsante — mas um respeito quase sagrado pelo corpo e pela alma dela. Toda vez que ele a beijava, parecia que dizia, sem palavras: “Eu te vejo. Por inteiro.”
Naquela noite, o quarto deles estava banhado pela luz suave do abajur. Elisa usava uma camisola de seda azul-marinho, simples, mas que realçava o brilho que já vinha de dentro. Rafael, ao vê-la, não conteve o sorriso.
— Você é linda. Mas o que mais me encanta é a paz que você carrega no olhar.
Elisa se aproximou e tocou o rosto dele com os dedos quentes e delicados.
— Nunca me senti tão desejada e, ao mesmo tempo, tão respeitada, Rafael. Com você, eu não preciso fingir nada. Posso ser inteira.
Ele a puxou para si, devagar. O beijo veio suave, carregado de carinho. Não era pressa, era presença. As mãos se procuravam, os olhos se mantinham fixos, como se cada gesto dissesse: “Estou aqui. Só pra você.”
A camisola escorrego