A semana passou mais tranquila do que Elisa imaginava. Seu trabalho fluía, as noites estavam mais leves, e Rafael continuava presente, mas sem invadir seu espaço. Tudo parecia estar se encaixando. Até que, numa tarde de quinta-feira, Elisa saiu de uma reunião e decidiu passar em uma cafeteria que costumava frequentar nos tempos antigos — antes da separação, antes das viagens, antes da reconstrução.
Assim que empurrou a porta de vidro e sentiu o aroma de café fresco misturado ao som calmo de jazz, foi tomada por uma lembrança súbita: ela e Diego sentados na mesma mesa do canto, discutindo sobre o futuro, planos que nunca se concretizaram. Sacudiu a cabeça levemente, afastando o pensamento. Já havia aprendido a lidar com o passado. Ou ao menos, achava que sim.
Fez seu pedido e se dirigiu à mesa próxima à janela. Abriu seu caderno de anotações e começou a escrever ideias soltas, pensamentos sobre o que havia vivido na casa de campo. Estava absorta, quase esquecida do mundo ao redor, quan