Erick Toriccelli é CEO viúvo, rico que terá que enfrentar suas tristezas para entrar em um relacionamento falso com a babá de seus filhos. Elisa Santos é uma moça inocente que se mudou do interior para a cidade grande com seu marido que morreu misteriosamente. Quando Erick e Elisa se conhecem, se odeiam à primeira vista, mas será que esses sentimentos podem ser transformados?
Leer másCapítulo 01
Elisa Estou me olhando no espelho, enquanto minha mãe, minhas tias e minha avó estão arrumando meu vestido de noiva. Hoje é o dia mais feliz da minha vida! Vou casar com o meu primeiro e único namorado, João Sérgio, meu Serginho! A única coisa que está me chateando é que a empresa da família dele, decidiu abrir uma filial em São Paulo, vou ter que me mudar daqui de Rezende. Mas tudo bem, amo o Serginho e agora tenho que ser obediente a ele, de acordo com o que minha mãe ensinou. — Oh, filha, vou sentir tanto sua "farta" — disse minha mãe chorando. — Eu também, minha mãe — a abracei, também chorando e sentindo o peso de ficar longe das pessoas que eu mais amo. — Francisca, chega de drama, a Elisa "tá" casando certo, com um bom homem e logo vai te dar muitos netos. Filhos? Bom, acho que quero sim. Sempre ouvi falar que para uma mulher ser realizada tinha que ter um bom marido e muitos filhos. É, devo estar no caminho certo. Ou será que não? Meu pai chegou no nosso quarto e disse que chegou a minha hora de ir para o meu casamento. Seu Antônio beijou o topo da minha cabeça e falou, com lágrimas nos seus olhos negros: — Minha bonequinha, seja muito feliz e que você realize todos os seus sonhos! — Pai, casar com o Serginho é meu sonho! — Tem certeza, Elisa? — Tenho, meu pai. Ele segurou minhas mãos com lágrimas nos olhos e assim fomos para a igreja. *** Quando eu e Serginho chegamos na Pousada, depois de finalmente estarmos casados, eu estava nervosa para que a nossa primeira noite acontecesse. Minha mãe nunca falou sobre sexo comigo, mas longe da minha família, li livros eróticos e assisti alguns filmes na casa de Luiza, minha melhor amiga. O meu preferido é "365 dias". Porém meu marido tinha outros planos. Serginho me deu um selinho rapidinho e falou: — Amor, acho que você deve estar muito cansada. Fique aqui nesse quarto e acorde cedo porque amanhã partimos cedo para São Paulo. — Mas, Serginho... Eu... Não, ele não ouviu e saiu do meu quarto, me deixando sozinha na noite que era para ser nossa primeira vez. Eu desabei. Só sabia chorar e me achar uma mulher horrorosa, nada atraente. Porque o homem que eu amo, não quis nada comigo? *** No dia seguinte, tirei meu vestido de noiva sozinha e coloquei um vestido azul marinho com um terno cinza. Enquanto estava arrumando minhas coisas na mala, Serginho chegou e falou, sentando na cama: — Acho que você deve me odiar né? — Se houver alguma explicação, meu amor, eu posso te perdoar — falei, com muita esperança de ainda vivermos o meu sonho da família perfeita. — Elisa, quando chegarmos em São Paulo, você saberá. — Serginho, acho que... Não te conheço mais — falei chorando muito. Meu marido me abraçou e disse: — Me dói muito por estar te magoando, Elisa. — Então, não me magoe e... Me jogue nessa cama e me faça subir pelas paredes. Ele riu e perguntou em seu tom jocoso: — Onde você aprendeu essas falas, Elisa? De qualquer maneira, amor é por exatamente te respeitar que não vou fazer isso. Se a gente fizesse sexo e você descobrisse tudo que vou te contar, seria muito pior. — Mas somos casados, Serginho. Não há nada que eu não possa te perdoar para conservarmos nossa família. — Ohhhh, minha doce Elisa... Ele não disse mais nada e fomos diretamente para a rodoviária onde estava toda nossa família reunida. Minha mãe me puxou para o banheiro e tentou perguntar como tinha sido a noite e respondi que tinha sido ótima. Que vergonha! Por fim, entramos no ônibus e seguimos para São Paulo. *** Mais alguns dias e fiz o máximo para tentar entender Serginho, mas nada fazia sentido para mim. Será que eu criei uma ilusão? Será que Serginho, na verdade não me ama como pensei minha vida toda que ele amasse? Será que sou tão tapada assim? Nesta noite, tentei ousar e fiz um jantar romântico para nós dois. Será que finalmente teremos nossa primeira noite de núpcias? Pois bem, criei toda uma atmosfera erótica. Dessa vez vai.... Quando Serginho chegou, ele me beijou no rosto e perguntou com hesitação: — Para que tudo isso, Elisa? O abracei e o beijei com carinho e de um jeito meio manhosa, respondi: — Acho que merecemos uma noite especial, já que ainda não aconteceu a nossa, bem... Digamos que.... — Você quer transar, né? Elisa, não podemos... Comecei a chorar desesperada e perguntei com mágoa: — Por que? — Querida, eu.... — Você...? Serginho não disse mais nada e apenas saiu do nosso humilde apartamento para sabe-lá-Deus aonde. E eu fiquei sem chãoElisa Ferrou! Eu e Erick temos que fingir que estamos apaixonados para um americano que quer mandar na vida do pobre do meu chefe. Quer dizer, Erick não é exatamente pobre e por mais que eu tenha me compadecido com sua história de perda, não o considero digno de pena. Ele é chato e ranzinza, parece um velho de oitenta anos! Estou escolhendo dentre minhas roupas simples e humildes, algo que seja minimamente elegante para participar do jantar dos americanos. Bufo, frustrada. Sou uma Maria-Jeca mesmo como diz Penélope. Talvez Erick deveria propor este fingimento para ela e não para uma moça vinda da roça como eu. — Posso entrar? — ouço minha mãe bater na porta do quarto da mansão do Erick. Mais essa. Certeza que ouvirei desaforos apenas porque houve uma mudança nos meus planos. Abro a porta com cautela e vejo uma dona Francisca meio emburrada.
Erick A polícia localizou o número da minha casa porque é o trabalho da Elisa e por obra do destino, fui o encarregado de lhe dar a pio notícia que alguém poderia receber. E ao dizer essas palavras, vi uma Elisa que sempre foi cheia de energia, de brilho e felicidade desmoronar na minha frente. — Não... Não é possível, ontem à noite, ele estava tão... Tão bem. Pensei em questioná-la se ela o viu somente na noite anterior, mas não achei sensato. Será que eles não tinham um bom casamento? — Eu... Eu não tenho como pagar um velório digno para ele... — Não se preocupe com isso, Elisa. Irei bancar todos os custos. — Obrigada, Sr. Toriccelli. Saí da minha mesa e lhe abracei com cuidado, apenas sentindo seu doce aroma. Quem diria que eu sentiria compaixão por uma louca que atropelou meu filho, mas estava completamente errado sobre a Elisa. Ela é doce e meiga, não merecia estar passando por isso. Ela se afastou de mim e ficamos nos olhando por alguns instantes, até que Paulo,
Capítulo 03 Elisa Algum tempo se passou desde que comecei a trabalhar na mansão do Sr. Toriccelli, apesar de contrariar os sermões de dona Francisca que sempre diz com uma certa constância que mulher tem que saber cuidar da casa, marido e filhos. Nada mais que isso. É o homem que tem que ser o provedor da casa! Minha mãe só não sabe que se eu não estivesse trabalhando, provavelmente estaria na cadeia por ter atropelado uma criança! Deus, o que foi que eu fiz naquele dia? — tia Elisa — Carla, a filha do Erick Toriccelli e irmã gêmea do Caio, o menino que eu atropei — eu e o Caio não podemos brincar de amarelinha? — Claro que não, meu amor. O Caio ainda está usando gesso. — Ai como a senhora é chata! Calma e respire, Elisa! Você precisa desse emprego! Caio apertou minha mão e falou com mansidão: — Não liga para a Carlinha. A senhora não é chata — eu sorri genuinamente até ele terminar a frase — só um pouquinho. Beijei o topo da sua cabecinha loira e saí do quarto del
CAPÍTULO 02 ErickAlgum tempo depois Estou olhando para a tela do computador, mas com minha mente bem distante. Minha mente nela. Celia, minha esposa que morreu... Droga! Não consigo me concentrar para finalizar a contabilidade da minha própria editora chamada Aurora. Eu sou um inútil mesmo! Paulo, meu melhor amigo entrou no meu escritório sem pedir muita licença e já foi se jogando na poltrona e perguntou, bastante animado: — E aí, vamos hoje ao L'amour? — Claro! Hoje é o dia que deixo os gêmeos com minha mãe e irmã. — Acho que você poderia pagar uma babá né? — Paulo, não vou deixar o Caio e a Carla com qualquer pessoa. — Bom, tem razão. Sim, eu sinto a perda da Celia há dez anos. Tem dias que são mais difíceis do que outros, como esta manhã que não consegui me concentrar em absolutamente nada. Mas mesmo com minha dor, vou sim aproveitar uma noitada no L'amour. Mas é só isso que posso oferecer. Noites quentes com muita luxúria, mas sem amor. Depois de Celia, não
Capítulo 01 Elisa Estou me olhando no espelho, enquanto minha mãe, minhas tias e minha avó estão arrumando meu vestido de noiva. Hoje é o dia mais feliz da minha vida! Vou casar com o meu primeiro e único namorado, João Sérgio, meu Serginho! A única coisa que está me chateando é que a empresa da família dele, decidiu abrir uma filial em São Paulo, vou ter que me mudar daqui de Rezende. Mas tudo bem, amo o Serginho e agora tenho que ser obediente a ele, de acordo com o que minha mãe ensinou. — Oh, filha, vou sentir tanto sua "farta" — disse minha mãe chorando. — Eu também, minha mãe — a abracei, também chorando e sentindo o peso de ficar longe das pessoas que eu mais amo. — Francisca, chega de drama, a Elisa "tá" casando certo, com um bom homem e logo vai te dar muitos netos. Filhos? Bom, acho que quero sim. Sempre ouvi falar que para uma mulher ser realizada tinha que ter um bom marido e muitos filhos. É, devo est
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