Matteo:
— Acabou o espetáculo? — Minha voz era baixa, mas havia algo sombrio nela, um aviso mascarado de indiferença.
Ela arqueou uma sobrancelha, os lábios curvados em um sorriso que era tudo, menos inocente.
— Eu não danço para ninguém.
Minha mão deslizou lentamente por suas costas, descendo com a firmeza calculada de quem sabe exatamente onde deve tocar. Quando apertei sua cintura, quase na curva da bunda, deixei claro que eu era o único no controle.
— Isso não é o que parece lá de cima. — Minha voz saiu rouca, carregada de ciúme e algo ainda mais obscuro. Algo que eu não podia, ou talvez não quisesse, esconder.