Matteo:
Usava um vestido preto que parecia moldado para ela, desenhando cada curva de um corpo que exalava um paradoxo perigoso: força e vulnerabilidade. Seus cabelos soltos caíam em ondas desfeitas, os fios brilhando sob a luz suave da sala, e seus olhos, verde-jade, ardiam com um desafio silencioso que fazia meu sangue ferver. Ela era uma visão que paralisava e incendiava ao mesmo tempo.
Giulia ignorou todos na sala — inclusive a mim. Caminhou até o bar com passos deliberados, cada toque dos saltos no chão soando como tiros, um lembrete de que ela não era apenas audaz, mas também uma força implacável. Pegou uma garrafa de uísque e se serviu com a mesma tranquilidade de quem não se importava em ser observada, mas eu sabia. Eu sempre sabia. Por trás daquela fachada destemida, havia uma chama ardendo: raiva, dor, desejo.
Dante foi o primeiro a reagir. Ele riu, um som baixo e rouco que carregava fascínio e algo mais sombrio. Seus olhos azuis a devoraram como um predador examinando sua p