Giulia:
Estava sentada na minha antiga cama, as costas apoiadas na cabeceira enquanto meus dedos corriam pela tela do tablet. O código que eu escrevia para o novo mainframe da MOREAU fluía quase automaticamente. Era um patch simples, que depois seria enviado para os desenvolvedores da empresa finalizarem. Finalmente, escorreguei um pouco mais para baixo, procurando um ponto mais confortável para continuar, quando ouvi uma batida na porta.
— Entre! — gritei, ajeitando-me rapidamente e colocando o tablet no colo.
A porta se abriu, e Matteo entrou. Ele estava lindo, como sempre, o terno perfeitamente ajustado contrastando com o brilho predador nos olhos.
— Oi — disse ele, a voz casual, mas carregada de uma intenção indefinida enquanto parava a alguns passos da cama.
— Oi — respondi, erguendo uma sobrancelha. Apesar de estar me acostumando às visitas