Giulia:

A mansão estava mergulhada em silêncio, iluminada apenas pelas chamas trêmulas da lareira que dançavam na penumbra do quarto. Eu estava sentada no parapeito da janela, observando o jardim lá fora. As sombras da noite se estendiam como um manto protetor, mas meu coração estava inquieto, batendo em um ritmo descompassado que ecoava na solidão do quarto.

Matteo entrou sem fazer barulho, mas eu senti sua presença antes mesmo de vê-lo. Seu olhar pousou sobre mim, cortante, como se pudesse desvendar cada pensamento que me atormentava.

— Giulia — sua voz baixa e rouca preencheu o espaço entre nós. — O que está te perturbando?

Levantei os olhos, permitindo que ele visse o que eu tentava esconder.

— Minha mãe... Ela volta para Nova Orleans amanhã. Fizemos as pazes.

O leve sorriso que tocou seu