Olivia
Dante segurou minha mão com firmeza, seus dedos quentes envolvendo os meus, e me puxou para fora do quarto. Meus passos tropeçavam ao tentar acompanhá-lo, minha mente ainda atordoada pelo que havia acabado de acontecer.
Eu não olhei para trás. Não queria ver Lucas, não queria registrar a expressão no rosto dele, o reflexo do ódio que finalmente havia sido revelado. Não havia mais nada ali para mim.
Dante andava rápido, sua respiração pesada. O ar ao redor dele parecia vibrar de raiva, como se estivesse segurando cada músculo do corpo para não voltar lá e terminar o que começou.
Eu nunca o vi assim.
Ele sempre foi intenso, mas dessa vez, havia algo diferente. Um tipo de fúria que ia além de apenas o momento.
Quando chegamos ao estacionamento, ele abriu a porta do carro e praticamente me empurrou para dentro. Eu entrei sem questionar, sem hesitar.
O silêncio dentro do carro era ensurdecedor.
Eu o observava de soslaio, tentando encontrar alguma brecha, alguma abertura para falar,