185. PAPAI SENDO PAPAI
Alan olhou para ele surpreso, estreitando os olhos com curiosidade enquanto limpava as mãos na camiseta, algo que Leonard desaprovou com um olhar rápido. Mas eu apenas observava meu filho, fascinada por como ele estava processando este momento tão inesperado.
—Você é meu avô de verdade? —perguntou Alan, aproximando-se devagar com curiosidade.
—Sim, sou seu único avô —respondeu papai com uma piscadela, logo antes de mostrar a ele um pequeno cavalinho de madeira que havia tirado do bolso do casaco.
Alan soltou um grito sufocado, daqueles que só as crianças fazem quando estão genuinamente animadas, e deu um passo à frente.
—É meu! —Depois se deteve e perguntou: —E você usa chapéu?
—Claro que sim, rapaz —disse meu pai, entregando-o com cuidado—. É para você levar em todas as suas aventuras. Meu chapéu, você gostou?
—Não, não gostei —respondeu Alan, brincando com seu cavalinho.
Eu não sabia se sentia ternura ou uma pontada de desconforto. Havia em todo esse despliegue de cari