Hellen narrando
Assim que cheguei ao clube, fui envolvida pelo brilho do salão. Lustres de cristal refletiam a luz em mil fragmentos, como se estivessem zombando da minha ansiedade. Caminhei entre mesas luxuosas, consciente dos olhares masculinos que se voltavam para mim — olhares que antes me lisonjeavam, mas que agora não significavam nada. Eu só buscava um.
Procurei Sérgio com os olhos, mas ele não estava ali. Encontrei, no entanto, Mary, e seu esposo, e ao lado dela a mãe — uma mulher de porte elegante, mas olhar frio, superior, que me mediu com desagrado. Engoli em seco, forçando um sorriso quando Mary me acolheu com gentileza, convidando-me a sentar ao seu lado.
Ainda perscrutava o salão quando o anfitrião subiu ao palco e anunciou a presença dele. Meus olhos imediatamente se ergueram. Sérgio surgiu. Belo, imponente, sorrindo... até que me viu. E naquele instante, a cor fugiu do seu rosto. Ele ficou pálido, como se tivesse visto um fantasma. Depois, recompôs-se rápido, exibin