Na tarde do quarto dia após o escândalo, a campainha tocou, arrancando-me do torpor no sofá, onde eu encarava o celular com mais uma manchete venenosa: “Escritora Seo Mi-Suk acusada de chantagem em noivado de elite.”
Meu coração disparou, temendo que fosse um repórter ou, pior, Benjamin.
Mas, ao abrir a porta, lá estava Min-ho, os olhos escuros cheios de preocupação, com um curativo menor na cabeça. Ele segurava uma sacola de papel, o cheiro doce de chocolate escapando dela, e seu rosto suavizou ao me ver.
— Mi-Suk — disse ele, a voz baixa, mas firme, entrando sem esperar convite. — Você não está respondendo direito minhas mensagens. Estou preocupado. — Ele colocou a sacola na mesa da cozinha, revelando uma caixa de chocolates artesanais e um buquê de flores simples, margaridas, que contrastavam com a ostentação do jantar de noivado.
Eu cruzei os braços, sentindo o peso da exaustão e da desconfiança.
— Estou tentando lidar com tudo, Min-ho. Minha vida tá um caos, e eu... eu não sei se