O castelo estava inquieto naquela noite. Desde o momento em que os primeiros mensageiros chegaram anunciando que o Rei havia sido atacado no meio do trajeto de volta, um clima pesado tomou conta dos corredores. Servos corriam de um lado para o outro, os curandeiros foram convocados às pressas, e os guardas mantinham uma vigilância reforçada nos portões.
Eu não deveria me importar. Não deveria sentir o nó apertado no peito enquanto caminhava de um lado para o outro no salão principal, esperando qualquer notícia. Mas era impossível ignorar a ansiedade que me consumia.
Então, finalmente, o barulho dos portões se abrindo me fez girar nos calcanhares. O cheiro de sangue veio antes da visão do Rei.
Kael estava sobre um cavalo, segurando-se na sela com dificuldade. Sua armadura estava suja de terra e sangue, e seus olhos, normalmente tão intensos, pareciam opacos. Assim que ele desmontou, seu corpo vacilou, e dois guardas correram para segurá-lo.
"Chamem os curandeiros! Agora!" ordenou um do