Maria Vitória entrou em meu carro receosa, enquanto eu buscava mantér uma posição formal, homem mais velho, um tio postiço, um homem que eu ainda iria buscar ser. Enquanto a sua natureza alba, tranquila e ao mesmo tempo provocante me instigava a rememorar cenas de dias anterior.
Para ela, tudo parecia bem, afinal sentou ao meu lado, usando a sua calça jeans, seu coturno marron, e a blusa vermelha, tranquilamente, mas a mente e mil, os seus pensamentos a levavam para longe do veículo e talvez isso fosse confortante para nós dois.
Percebi o seu receio quando toquei em seu joelho ao passar a marcha, ela me olhou engolindo em seco, e numa troca de olhar breve, nós dois compartilhavámos o mesmo olhar.
Era como um desejo quente, ardente, que buscávamos dar um basta, em respeito a pessoas que amamos. Ela não me disse nada, apesar da sua boca se entre abir. Desviei os olhos para a estrada, atentando-me ao movimento do dia, das idas e vindas dos carros.
Até que chegamos ao hospital, era como